Escola Livre

Na  última quarta-feira, 23, ocorreu nas dependências da Universidade Federal do Cariri (UFCA) uma reunião do Projeto de Extensão Construindo a Escola Livre, vinculado ao Programa Paidéia Cidade Educadora. A pauta foi à apresentação de uma nova Proposta Pedagógica de Ensino, que visa atender de bebês a pré-adolescentes, partindo do pressuposto que a escola a qual está posta a sociedade precisa de reformas em sua estrutura ideológica. O objetivo é conseguir agregar mais pessoas que tenham interesses em participar do projeto, para que seja possível fazer uma estimativa dos custos e efetivar a Escola em 2017.

Ana Carmita Souza, docente da UFCA, e Fernanda Demarco, estudante de Direito da UniLeão e esposa de um docente da UFCA, foram as facilitadoras do diálogo. Marcaram presença na reunião os terceirizados, discentes, docentes, servidores técnicos, e a comunidade externa.

Foi relatado que apesar do projeto não possuir, em sua estrutura, uma ideia inovadora, ele surgiu partir do desconforto com a escola que está à disposição da população, pois para elas, o incômodo que é gerado todos os dias, é independente do preço pago para que os seus filhos possam estudar, pois é uma ‘educação’ que avalia o aluno quantitativamente, obrigando-os a estudar várias horas consecutivas, e no final os preparam apenas para passar no vestibular e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e a vida em si pede bem mais que isso.

Dessa forma, o Projeto Construindo a Escola Livre é elaborado com a sugestão de ofertar uma educação que de fato seja educadora, alternativa, libertadora, e que não prepare o aluno apenas visando o lado profissional, e sim, que o mesmo consiga aprender a viver todas as interfaces da vida, para que, desse modo, possam ser formados cidadãos sem estereótipos sobre o mundo que os cercam, e que o aprendizado não esteja pautado no autoritarismo.

Nas falas, de Ana Carmita e Fernanda Demarco, deixaram transparecer que no processo de aprendizagem é essencial que as crianças consigam correlacionar os conteúdos aprendidos na escola, com a realidade que lhes cercam, a fim de que se desenvolva uma consciência crítica, e sejam capazes de amar o conhecimento. Para tanto, é fundamental, também, que os pedagogos ao ensinarem considerem os breves conhecimentos que a criança carrega consigo.

Foi explicado que a escola terá a natureza jurídica de uma associação sem fins lucrativos, e que os valores a serem gastos servirão apenas para o custeio. Logo, o investimento a ser realizado será abaixo do valor de mercado. Por último, foram coletadas informações das idades, e quantidade de crianças que poderão se matricular na instituição, para dar início ao planejamento orçamentário de acordo com o público, e em outra reunião ser possível fazer os últimos encaminhamentos para que o projeto possa ser posto em execução.

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