Na última quinta-feira, 17, o Laboratório Interdisciplinar de Jogos Colaborativos promoveu mais uma edição do Diálogos Lúdicos-Culturais. O tema abordado nesta edição foi “Os limites da ciência a partir da cultura japonesa”, por meio da apresentação do filme Túmulo dos Vagalumes, uma produção do Studio Ghibli, lançado em 1988. E para a mediação do debate foram convidados(as): Victória Régia, Iza Urasaki e Denysson Axel. O evento aconteceu no espaço do Centro Cultural Banco do Nordeste- Juazeiro do Norte, das 13h30 às 17h00.

O Laboratório Interdisciplinar de Jogos Colaborativos é um projeto de extensão, aprovado no ano de 2014, vinculado a Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Cariri (UFCA), coordenado por Jânio Lima e Jeferson Antunes. Tem como objetivo principal incitar, exercitar e divulgar a proposta dos jogos colaborativos como uma ação (re)educativa, tendo como finalidade a transformação do condicionamento competitivo em alternativas cooperativas de cunho interdisciplinar.

No primeiro momento, foi exposto o anime para que os presentes pudessem assistir. O enredo do filme retrata a história de dois irmãos, Seita e Setsuko, que passaram por diversas dificuldades no final da Segunda Guerra Mundial, entre elas a perca dos pais, do lar, e da falta de alimentação. É marcante no decorrer do filme o desencadeamento de vários sentimentos a partir dos fatos narrados, o que termina envolvendo o telespectador, fazendo-o com que reflita sobre a situação.

Os(as) convidados(as) Victória Régia e Denysson Axel são professores da UFCA, vinculados respectivamente, ao curso de Administração Pública e Biblioteconomia. E a Iza Urasaki ministra aulas de Língua Japonesa, e por ser filha de um pai japonês com uma brasileira caririense, tem fortes vínculos identitários com a cultura do Japão, e por esse motivo ela esteve presente no evento para prestigiar-nos com seus conhecimentos culturais sobre país.

Após o término do filme, houve a fala dos(as) convidados(as) que fomentaram o debate em torno do enredo e do tema central. Dentre as contribuições suscitadas surgiram reflexões sobre “para quem estamos fazendo ciência, de que forma ela está sendo compartilhada e contribuindo para melhorar a vida da sociedade?”. E a partir das imagens apresentadas no anime houve falas que trabalharam questões como o individualismo, algo bastante difundido na sociedade atualmente, e o paralelo entre a situação retratada no filme com o que se tem no contexto contemporâneo, chegando à conclusão que não mudou muita coisa, estando à realidade passível dos mesmos elementos retratados no enredo.

Laboratório Interdisciplinar de Jogos Colaborativos promove mais uma edição do Diálogos Lúdicos-Culturais

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Texto e registros fotográficos de Rafaela Alves.