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A 11ª edição do Encontro de Extensão (ENEX) da Universidade Federal do Cariri (UFCA) apresentou ao público na tarde desta quinta-feira, 20, uma roda de conversa sobre “o que a comunidade tem a dizer?”. As primeiras atividades do encontro foram realizadas em fomento à programação da III Mostra UFCA e continuaram até sexta, quando às 9h houve uma mesa redonda para falar sobre o tema “Avaliação em Extensão Universitária”.

O XI ENEX foi iniciado por uma mesa composta pelos representantes de alguns dos projetos de extensão desenvolvidos nos mais variados âmbitos da Universidade e teve como mediadora Laís Leite, coordenadora de integração e articulação da PROEX/UFCA. A mediadora explicou que esta atividade objetiva promover momentos de avaliação e escuta dos grupos/comunidades participantes de projetos e programas de extensão junto aos extensionistas da instituição, para refletirmos sobre a articulação entre universidade e sociedade através da participação da comunidade na ação de extensão.

Para este momento foram convidados para compartilhar suas experiências na roda de conversa a Profª. Cléo do Vale e Andrea Furtado, coordenadora e empreendedora criativa, respectivamente, representaram o programa Fomento à Economia Criativa do Cariri; Laís Nara, bolsista e acadêmica em Medicina, e a estudante secundarista Geysa Victória representaram o PROGEST (Programa de Atenção à Saúde da Gestante); o Projeto Feliz, iniciado pela faculdade de Medicina, teve como representantes o professor e idealizador Hidemburgo Gonçalves Rocha, a bolsista Lídia Carnio, uma psicopedagoga do Hospital Infantil Maria Amélia Bezerra de Menezes e uma estudante de Psicologia da UniLeão (Centro Universitário Leão Sampaio); já o Laboratório Interdisciplinar de Jogos Colaborativos contou com a presença de Jânio Lima, servidor técnico administrativo, e Jeferson Antunes, estudante do Mestrado em Desenvolvimento Regional Sustentável da UFCA que falaram sobre a relação de seus projetos com a comunidade externa.

Com foco nas produções extensionistas, a presença desses participantes garantiu uma maior visão de dimensão dos projetos no que tange ao diálogo com a comunidade, já que trouxe a perspectiva de quem os desenvolve e de quem é assistido por eles. Andrea Furtado, representando a comunidade beneficiada pelo programa de Economia Solidária, disse que “apesar da parceria forte com a Universidade, ainda precisamos buscar parcerias de fora para dar seguimento ao projeto”. Sr. ‘Novo’, um dos beneficiados e que trabalha com derivados de mandioca e artesanato, também falou pela comunidade e enfatizou que “é um coletivo que a gente pretende continuar, por isso acredito muito nas faculdades entrando na zona rural”.

Com a proposta de humanizar os profissionais de saúde e ressignificar o ambiente hospitalar, a abrangência do Projeto Feliz tem potencializado o auxílio às crianças enfermas e firmado parcerias com hospitais e áreas de atuação diversas, como Direito, Economia, Administração e Música. “Cada área integra o projeto com seu entendimento”, declarou o Prof.º Hidemburgo, que se mostrou muito empolgado e arrancou risadas do público ao dizer que “às 12 badaladas do dia 25 de dezembro, pensei: vou fazer algo pela humanidade!”.

O professor ainda se emocionou ao ver o interesse de outros projetos em firmar parceria, como a AME (Associação das Mães Escolhidas), apoiada pelo MUDEM (Movimento Universitário em Defesa da Mulher), projeto de extensão da UFCA que integra o Programa Paidéia Cidade Educadora e auxilia famílias de bebês portadores de microcefalia, e cursos até então isolados pela distância geográfica como o Interdisciplinar em Ciências Naturais e Matemática, de Brejo Santo.

Ações de arrecadação de alimentos e brinquedos, reforço escolar e outras atividades lúdicas, além de uma recente reforma na brinquedoteca do hospital Maria Amélia Bezerra de Menezes, são algumas das intervenções sociais promovidas pela iniciativa, que objetiva uma melhora no quadro dos pacientes infantis.

“Isso é extensão: um aprender com duas vias”, finalizou a pró-reitora de Extensão, Cláudia Araújo Marco. Agradecendo ao público externo e à comunidade acadêmica pela participação, salientou “palavras e expressões que foram ditas durante a conversa: economia criativa, fazer criativo, colaboração, diálogo com a comunidade, agroecologia, organização, trabalho e renda, bem-viver, honrado, trocar ideias, parceria, encorajamento, envolvimento, humanização, brincar, ‘quero fazer algo pela humanidade’”.

A pró-reitora afirmou ainda que “quem trabalha com extensão deixa de olhar somente para si e se permite olhar para fora, geralmente pessoas sensíveis e que têm paixão pelo que fazem: e é isso que faz a diferença”. Quanto à Pró Reitoria de Extensão, “nós queremos mudar, queremos estar juntos; temos poucas mãos, mas muito coração”, “acho que a extensão é um dos eixos mais fortes dentro da Universidade Federal do Cariri, senão o maior”, declarou.

Após a fala da pró-reitora, o espaço da roda de conversa foi aberto para perguntas do público, que se mostrou participativo e interessado pelo protagonismo extensionista como incremento ao fortalecimento do compromisso social da Universidade.

Os Encontros de Extensão objetivam integrar e acompanhar as ações de extensão cadastradas na Pró-Reitoria, além de promover espaços de interação para o intercâmbio de informações entre extensionistas da UFCA e destes com outros atores da Região e da Extensão Universitária no Brasil, ampliando o nível de conhecimento teórico e metodológico dos participantes.