Na sexta-feira, 31 de agosto, a equipe da Coordenadoria de Integração e Fomento das Ações – PROEX/UFCA esteve visitando a Comunidade Quilombola de Souza, no sítio Vassourinhas, no município de Porteiras, para sondar as necessidades da comunidade e assim contribuir com seu desenvolvimento através das ações de extensão da Universidade.

Em um primeiro momento, a equipe da UFCA se reuniu com os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Pinheiro Cardoso, na comunidade de Souza. Foi explicado aos alunos os quatro pilares da Universidade Federal do Cariri, ensino, extensão, pesquisa e cultura; os cursos oferecidos e também a importância de se construir uma base educacional forte desde a infância.

Reunião com representantes da Comunidade de Souza e com professores e coordenadores da Escola Maria Pinheiro Cardoso

Reunião com representantes da Comunidade de Souza e com professores e coordenadores da Escola Maria Pinheiro Cardoso

Posteriormente, em uma reunião com professores e coordenadores da escola, bem como com representantes da Comunidade de Souza, foi discutido as principais necessidades da comunidade e quais ações de extensão proporcionadas pela UFCA seriam mais apropriadas a cada uma delas. “É uma parceria em que vai haver a troca de experiência, a gente vai ter um incentivo de como trabalhar, tanto na área de ciências, geografia, na contação de história e matemática, achei muito importante para a vida dos alunos e dos profissionais da escola”, afirma Ana Paula da Silva, coordenadora da Escola Maria Pinheiro Cardoso.

Maria de Tiê conversa com a equipe da UFCA

Maria de Tiê conversa com a equipe da UFCA

A comunidade de Souza surgiu com Raimundo Valentim de Souza, o bisavô de Maria Josefa da Conceição, 58, mais conhecida como Maria de Tiê, uma das responsáveis por difundir a cultura quilombola pela região. O bisavô de Maria de Tiê, era um ex-escravo que fugiu de Pernambuco e se instalou na região, “veio ele e mais três irmãos e se esconderam da escravidão na comunidade, então ele conheceu aqui em Porteiras uma moça da Paraíba, casou e formou uma família com sete filhos”; e foi através de seu pai e seu avô que ela aprendeu e se envolveu com a cultura local, como a Dança do Coco, tradição oral, reisado, além das músicas, que ela mesma compõe. Ana Paula complementa que a escola está sempre trabalhando no dia a dia a identidade quilombola da comunidade e a cultura local através de projetos na área de história e geografia, e afirma: “com as crianças a gente não tem esse problema com preconceito de ‘ah, não vou sentar perto dele, porque ele é quilombola’”.

Veja mais detalhes na nossa galeria abaixo: